Queridos paroquianos,
Tendo o seu início na Quarta-Feira de
Cinzas, a Quaresma quase se passou e já estamos nos aproximando da
semana mais importante da vida da Igreja: A Semana Santa. É nesta semana
tão especial que damos início as celebrações dos mistérios realizados
pelo Senhor Jesus nos últimos dias da sua vida, começando por sua
entrada messiânica em Jerusalém e culminando na sua Ressurreição no
Domingo de Páscoa.
O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana
Santa com a lembrança das Palmas e da Paixão, da entrada de Jesus em
Jerusalém e a liturgia da palavra que evoca a Paixão do Senhor no
Evangelho de São Lucas. Por um momento as pessoas reviveram a esperança
de ter já consigo, de forma aberta e sem rodeios aquele que vinha em
nome do Senhor. Entretanto, através das palavras de Jesus: "Pai, em tuas
mãos eu entrego o meu Espírito", nos é anunciado que para a vida nova
seria necessário primeiro a dor do calvário.
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| Fonte: internet. |
Na Quinta-Feira
Santa, a Missa Vespertina da Ceia do Senhor é a grande introdução ao
santo Tríduo Pascal. A liturgia deste dia é um convite a nos
aprofundarmos concretamente no mistério da Paixão de Cristo e do
Serviço. Jesus, antes de ser entregue, se doa como alimento a
humanidade. Da mesma forma, Jesus ao lavar os pés dos discípulos nos
deixa o grande exemplo de que Ele vem como servidor e nós, seus
seguidores, devemos repetir o seu gesto de serviço e doação ao próximo.
Nesta Ceia, o Senhor Jesus celebra sua morte como anúncio profético e
oferecimento antecipado e real da sua morte antes da Paixão. Por isso
"quando comemos deste pão e bebemos deste cálice, proclamamos a morte do
Senhor até que ele volte" (1Cor 11, 26).
A tarde da Sexta-feira
Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário por cada
um de nós. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de
salvação e de esperança da humanidade. Com a Paixão de Jesus segundo o
Evangelho de João contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração
do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado. Neste
dia nós também somos convidados a estarmos aos pés da Cruz em adoração,
contemplando aquele que se doou até a última gota de sangue para que nós
pudéssemos ter vida em abundância.
A Celebração Eucarística da
Vigília Pascal é a mais importante de todo o ano e é marcada pela benção
do Fogo Novo, que é o próprio Cristo que ilumina e aquece a Igreja,
pela Palavra de Deus, através das nove leituras proclamadas e também
pela Renovação do Batismo, através da qual todos nós somos chamados a
renovar a nossa filiação divina e o sim que um dia demos ao Senhor. Deus
"ilumina esta noite santa com a glória da ressurreição do Senhor".
Nesta noite, com mais razão que em nenhum outro momento, a Igreja louva a
Deus porque "Cristo, nossa Páscoa, foi imolado". Porém a Páscoa de
Cristo é também a nossa Páscoa: "na morte de Cristo nossa morte foi
vencida e em sua ressurreição ressuscitamos todos".
Páscoa é
vitória! É a feliz conclusão do drama da Paixão e a alegria imensa
depois da dor. É o acontecimento mais importante da humanidade: a
redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus que
vence a morte e nos garante assim a Vida Eterna.
De maneira
especial, neste tempo em preparação a Páscoa do Senhor, somos convidados
a rezar pela Santa Igreja e de maneira especial pelos Cardeais que
estão prestes a escolherem o novo Papa. Que o Santo Espírito os ilumine e
que o Novo Sucessor de São Pedro possa trazer as respostas que o mundo
tanto precisa e também nos guiar na construção do Reino de Deus.
Pe. Costante Gualdi
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